De outubro para novembro, a inflação reduz de 1,25% para 0,95%, mas ainda é a mais alta do período
14.12.2021 – Planejamento, Orçamento e Gestão

De outubro para novembro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 1,25% para 0,95%, mas ainda é a maior do período desde 2015. A informação está em novo levantamento da área Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira, 10 de dezembro.
O levantamento explica que o IPCA foi criado em 1979 com objetivo de medir a variação dos preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras no varejo. Assim, nos últimos 12 meses, a inflação acumulou elevação de 10,74%, bem acima da média, em torno de 3,75%. No mesmo período de 2020, o IPCA estava em 9,26% e já marcava uma das mais elevadas, perdendo apenas para 2003 quando alcançou a cifra de 11,02%.
Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam alta em sete dos nove grupos de produtos e serviços, com destaque para o transporte por conta do preço do combustível: aumento de 3,35%. A gasolina aumentou 7,38%, o Etanol elevou 10,53% e o óleo diesel cresceu 7,48%. O impacto na venda de automóveis novos foi de + 2,36% e no grupo de seminovos ou usados +2,38%.
A habitação ficou 1,03% mais cara, segundo os dados do IBGE. Seguido das despesas pessoais, que registrou alta de 0,57%; e os artigos de residência, que também tiveram crescimento de 1,03%. Na contra mão, conforme mostra o levantamento da CNM, itens de saúde e cuidados pessoais tiveram redução de 0,57% e alimentação e bebida está 0,04% menor.
Além de impactar diretamente a população brasileira, a alta da inflação reduz o poder de gestão das prefeituras, principalmente, daquelas que são dependentes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Lembrando, que, historicamente, o salário mínimo é reajustado pelo IPCA é o poder público municipal é o maior empregador, com 6 milhões de servidores. Ou seja, o crescimento da inflação prejudicada duplamente as pessoas que dependem dos serviços e investimentos públicos.
Fonte: 10/12/2021 – CNM
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